Crônica
Passei no semáforo hoje e um sinal vermelho me fez escrever essa crônica.
A cor Vermelha me chamou a atenção. Pés descalços ao meu lado, roupagem suja, postura baixa. Pensei: nesse mesmo semáforo passou o juiz que não deu voz de prisão, olhos fechados a uma parcela da nação.
A lei que existe para uns será mesmo a lei que existe para outros?
Opinião formada, tantos donos da razão, senhores do poder de uma pátria abandonada em cantos sujos, escuros, escondidos.
O semáforo continuou fechado e por alguns segundos balas perdidas foram encontradas em corpos negros. Atrocidade, indignação, exclusão.
“Semáforo” do medo no olhar desconfiado do carro ao lado. Pensei: é apenas o retrato de um problema atual: desigualdade existe não só em gráficos, mas quem se importa?
Raízes profundas vinculadas a tempos remotos. O que é questão, é violação.
“Ora, um futuro interrompido… uma voz calada… um olhar que chora… uma mãe que se encolhe, um “semáforo” que se fecha e não abre.
Assim termina um dia com a frase que mais se repercutiu na última semana: #Blacklivesmatter
Por: Wendi – Educadora do CEEJA de Marília-SP
Excelente postagem amiga ! beijos.
Que maravilhoso post Wend!!!!
Emocionante….
Amei