Mulher também faz cordel!
Acompanhe abaixo o cordel da professora Fabiana Colombo!
Mas que mundo é esse??
A como eu queria
Viver em um mundo de verdade.
Onde as pessoas se olhassem
E tivesse menos vaidade.
Onde o luxo e a cobiça
Fossem vistos como maldade.
Esse mundo que eu sonho
Todos nós somos irmãos.
A ganância não existe
Apenas para distribuir o pão.
A cor seria apenas
Para pintar o coração.
Coração cheio de esperança
Sempre unido por uma razão.
O meu sonho é singelo,
Quero mais EDUCAÇÃO!
Onde todos possam ter,
A mesma realização.
Educação de qualidade
Que nos leve à transformar
A sociedade em liberdade,
E que nos permita sonhar,
Com mais dignidade
Para o mundo melhorar.
Sou poeta sem nome
E nasci para rebelar,
Não quero curar a insanidade
Nem tão pouco relatar.
A luta é por justiça
Por isso quero é delatar.
Os descaso com as crianças
O idoso e o animal.
O desrespeito com o índio
E com sua bagagem cultural
Um desprezo pela natureza
E com tudo que é essencial.
Com o negro na favela
E na sua vida social.
Com a mulher que quer apenas
Ser vista como igual.
Com a mãe terra que nos dá
O pão celestial.
Dessa luta eu não fujo
E continuo a delatar.
A luta ainda é grande
Todos temos que lutar.
Lutar por igualdade
Para sempre renovar.
Acompanhe ainda outros cordéis produzidos por mulheres do CEEJA:
Cordel “Nunca é tarde“, da aluna Evany Veus.
E o “Cordel de Bitita“, da professora Fabiana Colombo.
Fonte da imagem 1: blog cordelirando. Disponível em https://cordelirando.blogspot.com/ . Acesso em 09 dez 2019. Acesse e saiba mais sobre a poesia de cordel e a produção de mulheres como cordelistas.